sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

não quero ser mais desse mar


E no meio disso tudo ouço Bial falando em Pequena Sereia, falando em Ariel e fico naquele ciúme louco que me dá quando alguém rouba um posto que é meu, mesmo que seja um posto que eu mesma tenha me dado, mesmo que seja o posto de um personagem infantil inventado. E começo a pensar no porquê sou Ariel e se a história não estaria se repetindo de novo. Sempre está. Porque sempre se repete, pode ver. Todas as meninas sempre vão ser a mesma princesa, mesmo que não queiram, mesmo que não gostem. É assim que é.


E hoje eu disse que cansei de ser a sereia. Quer dizer, já cansei há muito tempo, bem se vê. Mas agora cansei mais. Quando as coisas ruins acontecem, eu não tenho a preocupação de questionar e filosofar sobre. Só quero que a agonia da tristezazinha termine logo. Sim, sim, eu sei que vai acabar. Tudo acaba, durando o tempo que tiver que durar, sendo 1 semana ou 3 anos, mas acaba. E eu não fico mais querendo saber se vai chegar outro ou quando será. Porque eu não quero que chegue. Não quero me apaixonar mais. Já tinha decido isso antes, mas nunca disse em voz alta, de ser realmente verdade. Agora é.

Não vale a pena. É sempre do mesmo jeito, sempre o mesmo caminho, sempre o mesmo final. Toda vez querendo alguém impossível que mais cedo ou mais tarde vai demonstrar sua impossibilidade e me fazer cair de 12 andares sem respirar. E aí são tempos e tempos olhando por céu, estatelada no chão, reparando os danos, me curando dos machucados, tentando levantar de novo. Pra que, sabe?

Não vai mudar. Não vai. Então não quero mais. Agora, com a maior certeza do mundo.

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