sábado, 15 de janeiro de 2011

In the next season.... everything is gonna change.


Eu tenho essa mania sabe. De comparar minha vida com seriados. Como se existissem câmeras invisíveis em todos os cantos e tocassem músicas quando há os momentos marcantes e tudo fosse muito caracterizado em personagens. Talvez porque minha vida seja o Mev** e o Mev, sendo a réplica perfeita de uma cidade do interior que é, grita drama, drama, drama. So much drama.

Aí eu divido tudo em temporadas, de tipo “aquela fase de calourice e inadaptação foi a primeira temporada, tudo muito cru, muito no sense” e agora, na fase pré-final, achando muito que a passada foi a melhor season de todas, com minha turma de formatura comandando a faculdade e eu e meus amigos comandando essa turma. Foi lindo, com dias que todo mundo ia comentar horas e horas sobre depois, mega ansioso pra próxma semana, pra ver o que ia acontecer.

Sim, existiram momentos e até temporadas inteiras entediantes e que eu mesma desistiria de assistir. “A série perdeu a mão”, diriam. E olha, perdeu, perdeu-se, eu me perdi. Mas me encontrei, melhor, tão melhor. Mais centrada, mais certa do que eu queria, conseguindo equilibrar (na maioria das vezes) serenidade com euforia.

E hoje eu acabei (pela milésima vez) a 1° temporada de Laguna Beach e rola toda aquela vibe de despedidas porque eles vão pra faculdade e vão deixar a cidade e vão se distanciar de tudo que conhecem. E nesse ponto, veterinária é bem igualzinho: a gente se forma e valeu, foi bom, adeus. A maioria volta pro interior ou pra sua cidade linda e vai tocar a vida. So far away. E, como eu disse, eu tô acabando a penúltima temporada da vida. As despedidas vão acontecendo, aos pouquinhos, aos ticos. Sonhos vão se tornando reais e outros vão caindo em meio ao vão. E a gente fica sem saber o que fazer com tanta coisa nova chegando, deixando pra trás uma rotina que a gente já tá acostumada há anos e anos pra viver a reta final. A gente fica sem saber o que fazer com o pedaçinho da gente que já morre se despedindo de gente que já tá indo, imaginando quando for com você. A gente fica sem saber se vai conseguir mesmo. Ir embora.

Porque as dúvidas pipocam e são caminhos diferentes demais oferecidos. E cada escolha é uma renuncia.. E ô renúncia que vai fazer falta. Independente de qual for. E agora me sinto muito em um Being Mariana, tendo que apontar meu dedo pro que eu escolher e assumir os erros. E eu não faço a mínima idéia do que escolher. A mínima.

** escola de medicina veterinária da UFBa

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