domingo, 11 de março de 2012

P.S.




Queria dizer que o post abaixo foi escrito em plena TPM adicionada à solidão do 1° sábado a noite sozinha. E muitos dias bate essa depression feelings e realmente tudo isso vem à cabeça. Mas na maioria das vezes, é um estar fudida na vida e sorrindo. Sem ser falso, sem ser teatro. Realmente bem.






Uma coisa bem "mesmo triste, eu tava feliz".


sábado, 10 de março de 2012

Dos desabafos presos na garganta

Eu sinto falta de um diário. Deixei meu caderno de pensamentos em Brasília e ele bem já estava no fim, então não ia adiantar muito. Mas há um desejo gigante de escrever e escrever, sem saber do que estou falando e onde vou parar, com a consciência que não vou ser julgada ou ser lida por quem não quero que saiba da minha vida.

Há um tempo venho procurando assuntos diversos para falar em público, seja na internet ou no ao vivo, qualquer assunto que não seja as coisas pesadas que constituem minha vida. As pessoas falam que eu faço muito drama sobre tudo e olha, bem concordo. Mas aí lembro do tanto de coisa que aguento calada, que nunca abro a boca pra expor e veja bem. É tanto, tanto. Tinha uma menina na minha faculdade que culpava tudo na vida dela pela depressão que ela tinha. Depressão que veio por não inúmeros problemas, até reais e dignos. Mas sempre odiei essa atitude. De ser a coitadinha na vida, de culpar seus erros atuais pelo passado, de serem brandos e amenos com você porque existem situações piores do que aquela. Sempre engoli meus problemas a seco. Os grandes, eu digo.

E aí eu vou digitar ou conversar com alguém e antes olho pra todos os itens da minha vida e: silêncio. Não tenho do que falar, não tenho assunto que não seja um triste ou que provoque pena ou a famosa frase "ai, sei nem o que te dizer". Consigo fazer piadas em alguns temas ainda, naquela fuga de buscar o sarcasmo como uma forma de fingir que não tá doendo. Está. Muito. E minha risada quebra no meio e meu olhar deve ser triste, porque até as pessoas deixaram de acreditar que não me faz mal.

E é até engraçado a ironia de algumas situações. A confraternização exagerada com o "inimigo", como se fosse uma vontade de descobrir o porquê, uma busca pelo sofrer quando chego em casa. As pessoas reclamando de falta de dinheiro enquanto compram carros e viagens ou choramingando sobre seus empregos. A volta em looping infinito para o passado, simplesmente porque não há futuro. Novamente, uma risada vazia. Porque cansei de rir de mim mesma. Cansei de ser forte.

E cansei de falar também, de me explicar, de detalhar, de falar sobre. Sobre tudo e qualquer coisa. Até minhas histórias paralelas que me faziam esquecer o essencial não me agradam mais. Sufocam. Vi meus sorrisos se tornarem vazios e, aos poucos, começo a ver minha voz indo junto. Ariel, de novo. E só penso que quero refúgio, não sai da minha cabeça dias de isolamento e minha vontade é um edredon gigante e vários Twix. Até sarar, até curar. E vai?