terça-feira, 31 de agosto de 2010

Seis meses, infinitas lembranças.


Acabei de olhar o meu álbum de 2010.1 do orkut.

E quando abri, lembrei logo: putz, que semestre ruim. Porque primeiros semestres do ano sempre são meio bad trip na minha vida. Escrevi até em um post passado aqui, nos primeiros seis meses de 2009 nem lembro direito quais matérias fiz. Tudo foi passando, sem cor e sem gosto, imperceptível. Bem depression feelings.

Esse ano, na mesma. Os dias passaram mais devagar, os meses se arrastaram. Eu fui perdendo o pique, sempre desanimada, não querendo farras e emoções maiores. São João foi pro brejo, mais uma vez. Casulo sem fim, com celular desligado e msn invisível. Até as matérias que eu comecei na felicidadezinha de serem práticas (hospitalar e cirúrgica), não conseguiram manter o estímulo.

Só que olha, dessa vez, as fotos me surpreenderam. Foi diferente do que eu lembrava. Pode ser que nas últimas semanas eu realmente estivesse down (por mil e um motivos), mas meu, putetê sem fim no começo do ano. Festival de verão na beira do palco, carnaval lindo com Noras e provas de resistência, milhões de festas de formatura da minha turma inicial da faculdade, 1° organização oficial do trote, 30" trocentas vezes, festa a fantasia, botecos, comissão de formatura dando início, forró no Mev na Copa, depois de décadas sem. Até fotos da castração do cavalo que derrubou Bidu e dos filhotes lindos que a clínica trazia.

Aí abri sorrisos. Porque né, mesmo que eu tenha ficado com uma lembrança cinzenta, não foi nada disso. Teve estresse com 7 matérias, teve bad romance, teve cansaço da mesmice da rotina, teve briguinhas com milhões.. Mas teve um bocado de coisa linda. E são elas que eu quero guardar. São elas que vão ficar.

Que venha mais. Que venha o último.

domingo, 22 de agosto de 2010

Outra vez?

O que eu sempre gostei foi do jogo, da sedução, de conquistar, de ver aos poucos e poucos a deixarem-se ir... como quando vais à caça e o melhor momento não é quando disparas, é quando vês a presa e não tens a certeza se a vais conseguir apanhar, se de um momento para o outro ela pode escapar e nunca mais a vês, percebes o que quero dizer?

(Não Há Coincidências - Margarida Rebelo Pinto)

Percebo, bem percebo. O melhor momento é o antes de, né? A preparação dos planos, a ansiedade do que vai acontecer, a vontade contida, as bochechas vermalhas, o encantamento bobo... 'Dragonfly out in the sun... you know what I mean, don't you know? Butterflies all having fun... you know what I mean.'

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E um adeus bem ali, bem pertinho


Porque sabe. Um dia a gente cansa. São sempre corações inalcançáveis e é sempre eu me fudendo no final, ficando sofrendinho por décadas enquanto nêgo nem lembra de lembrar de mim. Ah, cara. É infinito o se fuder.

Aí decreto morte às borboletas. Quero mais nada a ver não. Fiquem bem, bem distante, so far away. Nada aqui pertence a vocês mais. Porque não aproveitaram quando podiam, sempre fazendo festas que só se viam dentro de mim. É uma espera que não acaba, alguém que nunca chega. E eu cansei.


Eu arranquei tudo e botei na máquina. A gente faz as coisas pra matar dentro da gente e morre junto. A gente faz pra ferir quem pouco sente nossa existência e vai, aos poucos, deixando de existir pra gente mesmo. A gente faz pra provar que também existe sem amor e acorda se procurando no dia seguinte. Era só pra ser algo divertido e vira um drama. O amor era pra ser amor e virou só um troço que acabou porque eu esqueci que era pra ser divertido e pensar isso do amor me ofende. Viver é duríssimo.