sábado, 30 de maio de 2009

Conto de fadas? Me vê um documentário, por favor!

Uma coisa que ando percebendo ultimamente é como as pessoas se apaixonam e depois não conseguem viver esse sentimento, seja porque é uma paixonite platônica que não se realizou, ou por causa da distancia, ou porque havia incompatibilidade de interesses na relação.
Aí comecei a perceber que a gente tem que ser mais racional na vida. Tá, é lindo essa historinha romântica de amor a primeira vista e felizes para sempre, mas na realidade.. Nunca é bem assim. Pra dar certo, tem que ter junção de somente duas coisas: o querer estar junto com o poder estar junto. Um dos dois sozinho, nem presta.
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Que tinha que ter o querer, todo mundo sabia. Relação por conveniência, por comodismo, por medo de solidão, eu nem discuto mais. É colocar um dos quesitos mais importantes da sua vida no lixo. E sim, eu acredito ainda que é primordial é mesmo o amor e é impossível ser (completamente) feliz sozinho. Minha alma romântica teima em ficar lá no fundo puxando a barra da minha saia, pedindo pra ser lembrada.
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Mas o que eu comecei a ter como teoria dogmática é que a gente precisa saber escolher um amor que a gente possa viver, não somente que a gente queira viver. Não sei se é porque eu comecei a achar trabalhoso e vergonhoso demais correr atrás de algo, mas não vejo porque as pessoas se dão ao trabalho de lutar pra dar certo coisas que obviamente não darão. Tá, tá, “vamos viver tudo que há pra viver”, foda-se por quando tempo isso durará. Mas é justamente aí que o bicho pega. Não é perder um pouco de tempo e de vida ficar a espera de quem um dia, quem sabe, a gente possa ficar junto de vez?? Não era mais prático achar alguém que coubesse exatamente nos seus sonhos, no seu caminho? Ok, é beeem mais difícil e talvez até menos impulsivo, mas.. Com a idade [ops, maturidade!] que chega, começo a ver amores impossíveis como uma fantasia que não faz bem. Aquilo que sonhamos e aquilo que a realidade é as vezes não pode coincidir. Se tem mais sofrimento que sorrisos, se passa mais tempo longe que perto, se tem mais passado que futuro.. Por que continuar?
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Sei lá. Posso estar falando da boca pra fora e quando for passar por alguma situação que todo mundo diga “cai fora..”, eu esteja lá, de dente à mostra, achando tudo lindo e com um prognóstico bom. Mas acho que minha tendência é querer o real, o possível, o que me prova que tem a chance de existir, porque é pra ser, não porque eu quero que seja. “All you need is Love” já ficou pra trás na minha cabeça. Quero é novidade: relacionamento adulto, como quer que isso seja. Conto de fadas à la Disney não me encanta mais.. Não serve o imaginável, manda por sedex para as meninas de 15 anos. Somente o possível. Somente.
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“Porque é que é sempre tão difícil acabar as relações, mesmo quando já estão acabadas? Porque é que uma pessoa tem tanta relutância em enterrar os mortos e cortar laços que sabe que não servem absolutamente para nada senão para nos empatar a vida e atrasar a existência? O João passa a vida a queixar-se de que o casamento com a Sofia foi um erro e não faz nada para mudar a situação. Ninguém faz nada nesta merda de país, preferem todos aderir ao sistema em vez de dar uma volta à vida.”
(Margarida Rebelo Pinto - Não Há Coincidências)
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Por Mary*

sábado, 23 de maio de 2009

Durma,medo meu

Fiquei agora pensando nessa ânsia que a gente de viver tudoaomesmotempoagora. Prometo, acredito mesmo nessa pegada de andar a 80 por hora. É tudo mais divertido com o vento batendo no rosto, o cabelo voando, os quebra molas fazendo o carro voar e o prazer das curvas fechadas. Sempre que alguém me pergunta, eu digo pra se jogar, de cabeça, mesmo que seja em piscina vazia: o mergulho vale o baque. E convenhamos que é melhor do que ficar na beirinha molhando a ponta do pé. Quero trampolim, montanha russa e pipoca de panela com a tampa aberta. Não suporto gente com medo de experimentar, de ousar, de querer. Tenho ódio dos meus próprios receios diante da vida. Acho que existe uma linha tênue entre cautela e covardia e é meio difícil decidir quando você está demais ou quando poderia ousar um tico mais. Se pudesse botar em prática minhas idéias loucas, tava arrumando uma mochila [gigante, lógico, que nunca soube fazer mala pequena], tirando a poeira do passaporte e preparando o estomago pra pimenta, o pé para as musicas dançantes e o coração pros dramalhões.Ou tava pelo menos dividindo quarto em republica mineira, trocando a cerveja gelada pela cachaça que esquenta o inverno de bota e anima o sertanejo. Sei lá. Não sei até onde a barreira que me impede é real ou feita de um bocado de tijolinhos de insegurança. Penso na saudade, no tempo relativamente perdido, nas questões práticas [leia-se: dinheiro], na solidão, na ousadia necessária, na falta de um porto seguro. Preciso quase de uma mão pra segurar a minha e dizer para eu ir, sem medo, porque existem pés na frente abrindo caminho. Nunca aprendi a ser sozinha. E nem sei se vou. Quando olho para os meus planos de futuro, me sinto numa bolha de plástico, como se nunca fosse realmente sair desse marasmo, desse casulo que a gente cria por proteção e comodismo. Queria quebrar a inércia que meu destino tende a seguir, experimentar coisas novas, viver com os sentidos, ter historia pra lembrar, viver tudo que tenho pra viver. E eu tenho tanto.. Só tenho que começar a sair do plano das idéias, Platão. Ensina?

Por Mary*

terça-feira, 19 de maio de 2009

Vinte e Três

Aniversário contrariando as expectativas e se tornando um dia pra lá de bom.

Pra inicio de conversa, já comecei a comemorar com na sexta, com direito a parabéns à meia noite num bar cheio desencadeado por telefonema de Floripa no ouvido. Acabei a noite no lugarzim que mais odeio de Salvador [fish market], mas quem passa a virada tomando uma com os amigos não tem muito do que reclamar. Bacana que só.

Sabádo, dia oficial da completação de anos, bateção de perna atrás da Melissa mais linda, almoço báaasico com a família e preparação rumo a Julios. Presença de pessoinhas essenciais, cerveja a rodo, risadas, presentes, carinhos e amores. Burguer King com copo quebrado e carteira perdida [e recuperada] não podia faltar pra finalizar tudo perfeitamente.

Não sei bem retribuir demonstrações de afeto, mas agradeço imensamente a todos que se fizeram presentes, fisicamente, no telefone, por Orkut, que seja. Me fizeram esquecer a nóia da síndrome de Peter Pan que vem mais intensa a cada ano e aproveitar o dia com uma leveza indescritível. Aprendi a abstrair quem me decepciona, quem esquece, quem não se importa e só me foco no que me faz bem. E o que faz bem, me faz TÃO bem.. Como disse, os melhores presentes não vem em caixas. São vocês.

Por Mary*

terça-feira, 12 de maio de 2009

Decepções

Ando meio decepcionada com as pessoas. Sei que não devo criar expectativas em relação as atitudes das pessoas. Mas algumas coisas são inevitáveis. Às vezes acho que estou vivendo no meio de cobras e não devo confiar em ninguém. Não gosto disso. Me entristece. Mas costumo dizer que o mal é muito bem organizado. Achar que porque eu faço o bem, todos fazem o mesmo é tolice. E das brabas!
Não sei lidar com decepções. Isso é um fato. E como diria uma amiga minha: "Contra fatos não há argumentos!".
No mais, tenho pós esse fim de semana e não queria ir! Prometo! Aliás não teve um fim de semana que fui para Feira com vontade. A coisa boa é que é niver da minha sister do meio!!!!
Quero encontro PT pra melhorar o ânimo desse blog.
Por Pri - Coração Sorvete Quente

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Tempo Não Para

Falta menos de uma semana para o meu aniversario. Meros 5 dias e eu estou tendo uma das piores crises de idade que já vi. Não sei nem se posso culpar só a data por todas as minhocas que perfuram o terreno já naturalmente fértil da minha cabeça. É uma mistura de idade, formaturas, responsabilidade financeira, estabilidade amorosa e cidades. Difícil de entender. Vamos tentar ir por partes.

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A idade. Sim, eu sempre odiei completar anos, ao contrario da maioria das pessoas normais. Mas quem disse que eu faço sentido? Bem, sempre achei que a fase que estou vivendo na época em questão é a melhor do mundo e quando vem um aniversário bater na porta e lembrar que esses dias tão bons estão passando, confesso, dá um tremendo desespero. Eu sei que vocês vão pensar: ok, mas se no próximo ano você continua achando que ta vivendo muitobemobrigada, pra que esse drama todo? É que eu tenho essa queda pelo drama e uma quase certeza que o jeito que eu curto a vida não poderá ser curtido daqui a algum tempo. Seja porque os interesses serão outros, seja porque haverá complicações na vida, seja porque eu não vou ter vontade. Mas essa síndrome de muito louquismo agudo não pode durar para sempre. E eu desaprendi o sabor da vida sem sal. Só sei viver intensamente.

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Digamos que as finanças vem juntamente à formatura, assunto que eu não agüento mais ouvir nas rodinhas que se formam diariamente no gramado do MeV em uma mesa de bar qualquer. É muita idade pra pouca conquista. E quanto mais o tempo passa, mais eu me vejo atravessando a linha de chegada, sem saber muito bem o que fazer com o prêmio na mão. Já passei da fase das dúvidas por qual caminho seguir, agora é algo mais concreto: como percorrê-lo? Um dia deitei a cabeça no travesseiro de tarde e tive uma agonia imensa, quase um ataque de pânico em pensar em terminar a faculdade sem estar com garantias concretas. É pavoroso. Então, quando eu vejo as pessoas num transe pra se formar, eu me pergunto se o desespero que cresce em mim é passageiro ou se é um prenuncio do que vem pela frente. E o medo bate.
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E.. O amor, ahhh, o maldito amor. ¬¬ Pelas minhas contas casamenteiras, haveria de começar um namoro quase que imediatamente, para poder estar lá na frente com meus 30 e poucos anos muito bem casada e à espera do primeiro filho. Mas pergunte se eu tenho pretendente a alguma coisa.. Aí vem casórios de amigas de colégio e namoros intermináveis de outras tantas pra mostrar o quanto você é sozinha e perdida na avenida. Porque essa vida de bacanal cansa. E eu já me sinto numa fase mais tranqüila, de mão dada na beira da praia e viagem junto no ano novo. Mas, ao mesmo tempo, sei que não vou largar coisas preciosas como Noras de Gandhy e férias em Brasília com a família. É um meio termo da inconstância. Acabo não tendo a plenitude de nenhuma das duas coisas, como se fosse uma fase de transição.. E mudança é chato. Quero lado A ou B, cansei desse chove-e-não-molha eterno. Quero doses cavalares de emoção. Seja como for.
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Sim, eu sei que estou complicando e um mero dia no meio de tantos não devia me fazer pensar tanto assim. Mas tenho queda pela incucação e datas que me lembram que o tempo está passando absurdamente depressa [réveillon acompanha esse drama também] me deixam numa nostalgia, uma saudade gigante de tudo que passou e,ao mesmo tempo, uma pré ocupação do futuro que chega à galope. Troubles, troubles.. Por que o relógio não anda ao contrario e nos deixa mais novos, libertando a gente de responsabilidades de todos os tipos? Por que que a gente não fica jovem eternamente? Só sei que cada ano que passa a maturidade anda batendo mais forte na porta.. E eu insisto em não atender.
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Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara..
[Paciência - Lenine]
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Por Mary*

terça-feira, 5 de maio de 2009

O que está acontecendo?

Definitivamente hoje vai ficar marcado na minha mente. Que chuva é essa? A cidade toda parou. Quem saiu cedo conseguiu chegar a seu destino (eu). Os alunos chegando para a aula parecendo pintinhos e outros chegaram até de bota! Até meio dia haviam ocorrido 79 deslizamentos, o Dique do Tororó transbordou. O dique transbordar para mim foi o mais chocante! O meu bairro (Imbuí) qualquer chuvinha alaga e hoje não foi diferente! Até agora (18h) ainda tem água aqui na rua e o trânsito está bem lento.
"...o mundo está ao contrário e ninguém reparou..."
O fim de semana foi tranquilo. Fiquei em casa porque era fim de mês e o dindin não tinha saído. E sem dinheiro faz-se o quê? NADA. Aproveitei para organizar algumas coisas do meu experimento e estudar! Acho que agora já voltei a rotina de estudar. Que bom. Mas ainda é pouco.
Quinta é niver de minha mana. Mais um ano comemorando à distância. Espero sinceramente que seja o último ano...
Por Pri