segunda-feira, 19 de abril de 2010

And I pray to be only yours.


Então que né. Eu peguei uma doença esse fim de semana. Desde quinta meio moribunda, sonolenta, completamente enjoada, anorexia, fraca, dores no corpo, sensibilidade na pele e todas essas coisinhas chatas que acompanham a virose/dengue/dengo que eu devo ter tido. Só que, senhoras e senhores, nenhuma desgraça vem só e eu tinha prova de Genética essa segunda. Genética, a matéria mais difícil desse semestre, porque além de ser difícil por si só, a professora é mei que subjetiva pra analisar suas respostas e oi, eu nem entendo a matéria pra argumentar qualquer coisa. E né. Se eu perder em Genética, eu não me formo, atraso um semestre todinho por causa dessa budega e sou deserdada de vez e expulsa de casa e todo o Mcblá já conhecido.

Aí dá-lhe Mariana chorando porque não conseguia estudar, Mariana chorando porque não entendia o que estudava, Mariana chorando porque não tinha a senha certa do site pra pegar todos os slides das aulas, Mariana chorando porque não sabia se era melhor fazer a prova na loka ou tentar a segunda chamada mega difícil. Y a mucha honra, Maria la del barrio soy.

Aí fui hoje, um trapo humano, sem rímel e sem esmalte, de chinelim fuleiro, tentar minha sorte. Cheguei mais cedo pra aproveitar a carona porque no way eu ia conseguir pegar ônibus nessas condições. Tô sentandinha lá no chão, quietinha, tentando saber quais seriam as cores dos filhotes de um labrador chocolate, filho de um pai labrador amarelo (que tinha mãe labradora preta), com sua mãe labradora indefinida (sim, essas são as questões). Senta um brodinho do lado, eu pergunto: "Que dia é hoje?" e ele responde: "Dia 19. Dia do índio. Dia do Exército. Dia da árvore. Dia de Santo Expedito." Eu rio com a qualidade calendárica da resposta e pergunto do que diabos Santo Expedito é santo (com o perdão da expressão). Ele fala que é o santo das causas impossíveis, das causas urgentes, dos estudantes, militares e viajantes. E eu fecho o olho e falo: "Então eu vou pedir pra me formar no tempo certo. E pra isso, não pode ter prova hoje". Corta a cena

Quinze minutos depois chega minha amiguê e eu levanto pra conversar com ela. No que ela: "Ouxe, Mariana, olhe ali: não vai ter prova não.". Meu. Meu. Meu. Eu olhei pra frente e um mini-cartaz, metade de uma folha de papel grudada na pilastra, rasurada e escrita na letra mais feia, dizendo que a prova de Genética tinha sido adiada pra próxima segunda. Então. Eu pulei, eu gritei, eu sai saltitando e abraçei a pilastra. Meu coração parou 5 segundos. E eu lembrei de Santo Expedito. Amigo, que rapidez, que habilidade. Virei fã. A número 1.

E é assim, no fim de uma manhã qualquer de abril, que Mariana sai da vida profana e pecadora pra virar devota do melhor santo da história de todos os santos santificados da santidade santa. Até o nome desse blog vai ter que mudar, porque oi, não posso mais escrever num lugar que se denomina putíssima. Coluna +18 como colaboradora em blog? Não posso. Noras de Gandhy? Nem sei o que é. Funk, dorgas, putetê: não me chame. Santo Expedito, é com você até o fim, tamo aê pra atender qualquer pedido seu. Só dizer.

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