quarta-feira, 3 de agosto de 2011

The time of my life


Eu venho adiando esse post, porque não sei nem o que escrever. Não tenho palavras pra descrever o quão linda e perfeita foi minha formatura. Tudo, tudo.

A família chegando aos pouquinhos. Os-dias-de-spa que tive em Imbassaí pra desestressar. O experimentamento de milhares de roupas, brincos, sapatos. A ansiedade infinita de ver chegando e você só poder esperar. As risadas no msn e em casa no dia anterior, quando já tava tudo pronto e só me restava comentar e contar os minutos.

O dia no salão, o esmalte que tinha, o cabelo com nêgo perguntando se era megahair, a maquiagem de boas, o horário mais cedo do que eu imaginava.

A solenidade PERFEITA. As pessoas chegando pra tirar fotos lindas. Nêgo abraçando meu cabelo e eu gritando. O camarim so so far away. A comissão de formatura com brilho no olho por ter acabado os problemas. Meu nervosismo de quase vomitar quando fui passar o texto pela última vez. A foto da escadaria, com o pensamento longe. A filinha pra entrar, ouvindo finalmente a música que eu vinha ouvindo há seis meses, sabendo que quando ela tocasse, haveria o maior frio na barriga do mundo. O frio na barriga. Meu irmão fofo me acalmando e me abanando. A entrada mega rápida, correndo, porque a empolgação era muita, com gente me gritando. Passar correndo nos bastidores, ouvindo os putetês lá fora. Sentar na primeira fileirinha. O vídeo de abertura mais comédia do mundo. Ouvir as risadas e os gritos da platéia enquanto eu fazia merda no telão, rebolando e beijando pessoas, mas sem ver ninguém. As cortinas se abrindo com a música errada e o olhar de Bia de "eles vão fuder essa solenidade toda!". O estômago dando voltas e voltas. O requerimento e juramento. "Chamamos para a posição de mestre de cerimônias os formandos Gabriel Pereira Paim e Mariana Coelho d'Avila". E a tremedeira da vida, perna, mão, cabeça. não-vou-conseguir-não-vou-conseguir-não-vou-conseguir. Consegui. Os abraços dos lindos BFF's que ouviam seus chamamentos e choravam e quebravam o protocolo pra comemorar comigo. As gargalhadas e os erros. As dancinhas. A mulher falando no meu ouvido coisas que eu já sabia, coisas que eu não conseguia prestar atenção. "Sorria, Mariana!". E meu texto mais lindo do universo, falando de Comissão de formatura, Organização de trote, Noras de Gandhy, brigas, cachaças e fofurices. Era eu, todinha. Minha música, enfim. Entrar com a paz do mundo, dançando, me divertindo, com gente beijando minha mão, gente sorrindo pra mim, enxergando balão, letras, bandeiras, buzinas e cada pessoa que comemorava comigo. Minhas irmãs lindas me entregando a placa. "Ai, Mari, vou chorar" e "Grifinóooooria!". Confetes e fotos. Voltar correndinho, e pensar "mas já?!". Dançar tome-tome-tome-tome-tome-tome-tome-BUM, olhar pra trás e ver todo mundo fazendo igual. Acabar e pensar "quero de novo..". Sentar e ouvir o discurso, com várias palavras minhas, várias frases que eu falei durante 6 anos, coisas que eu vivi todo dia, minha vida. Ouvir professores lindos dando conselhos lindos. "Faça o que goste, goste do faz e que os outros gostem do que você esteja fezendo" e "falou em festa, Mariana tá ali em cima toda animada". Acabar e pensar PUTAQUEPARIUFOIMUITORÁPIDO. Ser a primeira a jogar o chapéu pra cima ouvindo a música que representa tudo. Pensar, enfim: sou médica veterinária, porra. Sou de verdade.

Sair com o calor do mundo e ver uma das pessoas que eu mais queria ali (e que não vinha). Felicidade exalando de receber os parabéns de todos e saber que ainda tava começando. Correr pro camarim e uma agonia sem fim pra se vestir de novo, mudar brinco, mudar tudo. Sem tempo nem pra sentir a dor mais dolorida que meu pé já pensou em sentir.

Festa DA VIDA. Chegar levantando o vestido de princesa, de chinelo, com gente entulhada na minha mesa - que era a melhor. Implorar pra começar a festa logo, a banda, a valsa, qualquer coisa. A valsa com os três homens do meu hoje. As havaianas da turma. Ser a primeira a subir no palco e descer correndo quando vê o parceiro de solenidade passando mal. Dançar todas as músicas no palanque, cantar Zezé com Zé na beira do palco segurando o chapéu de cowboy e sofrendo o mundo, descer até o chão com a bengala de Yuri, dar selinho da festa toda, ter amiga linda indo separar casal errado lá longe porque eu fiquei com ciúme, apontar pra galera lá embaixo e mandar subir, beijar em cima do palco (!), dançar forró com meus lindos, beber tequila e uisque presenteados, não comer nadinha, o cantor cantar ela-é-toda-boa pra mim, a festa passar voando. Meu garçom sombra fofo demais da conta me servindo e me mandando comer e avisando pra festa toda que eu tava locadocu de bêbada e ia desmaiar. E desmaiei. E recebi atendimento médico em cima do palco e não quis descer e só sai quando o peguete me arrastou de lá. E sai dando vexame na festa toda e acabei carregada, com meus amigos tirando fotos e chorando e discutindo com a organização da festa porque não tinha posto de saúde pra mim - sendo que EU tirei o posto de saúde do orçamento. E pedir pra ir embora e as lindas me levarem e eu dar vexame no prédio e nêga me dar banho e as porra tudo. Acordar e pensar no tanto de coisa que eu devia ter perdido, mas esquecer e sorrir falando "caraléo, foi de fuder demais".

E ser o dia da vida, o dia mais importante do mundo, o dia que mais esperei e planejei. E nada ter dado errado, tudo ter superado as expectativas e ter acontecido numa perfeição tão grande que chega a ser inexplicável. O momento da minha vida. Pra sempre.

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