sexta-feira, 21 de maio de 2010

Entorpecida


E aí que Keu me pediu pra escrever no blog, nessa minha fase mega efusiva, porque os últimos posts são uma sucessão de bad vibe e pensamentos tristes. E hoje eu realmente quis escrever, quis falar e falar sobre os últimos dias de euforia aguda, extravasar esse excesso de sentimento bom. Mas, cara, eu nem posso. Aí eu fico tentando me conter pra não ser óbvia e né, óbvio que eu não consigo.

Lembro dos posts que eu tentava disfarçar paixonites e os seus alvos, mas todo mundo sacava só de saber a música que eu botei como trilha sonora pras palavras. E se eu olhar a última vez que escrevi algo assim, faz mais de um ano e, sério, tô há um ano esperando isso acontecer de novo. Isso, que eu digo, as borboletas. É meu sentimento preferido. Não existe nada igual, nada que te faça sentir mais viva e nada que traga mais sorrisos/risos, que é aquele tipo de sorriso de orelha a orelha, com bochechas doendo e olhos felizes. E aí se eu for tentar lembrar qual foi a última vez que essas borboletas vieram acompanhadas de histórias conjuntas, de um príncipezinho que soubesse que tinha esse posto (e quisesse ter), entro num túnel do tempo e saio lá pra 2006. E, cara, sério? Quatro anos? Como consegui viver sem?

É aquela coisa, sabe. A gente se acostuma com relacionamentos fast-food. Daqueles que são rápidos e te fazem mal. Mas eles são práticos e quando você tá com fome, é o que sacia. É pela diversão e pelo tom de errado da coisa. Mas cansa. Você um dia percebe que não quer mais trocar um prato da comida da sua casa (seja onde sua verdadeira casa for) por uma lanchonete qualquer. Quer algo preparado com carinho, com cuidado, demorado, que você pare a vida pra curtir as garfadas e sinta que foi feito pra você. Minha comida preferida é besta, é infantil, mas é a que me leva quentura pro coração. E é isso que eu quero, sabe. Coração quente, borboleta no estômago e sorvete derretido descendo (meio quente, meio gelado, totalmente formigante) . Quero escola de samba no peito (tumtum-tumtum-tumtum), montanha russa, pipoca na panela de tampa aberta e queda de prédio de vinte andares. Quero querer tanto que...É tanto, é tanto. Quero euforia. Quero.

E eu tô ganhando. Ganho várias coisas, tantas coisas. Ganho mini-declarações, ganho horários errados e burlados, ganho atenção diária, ganho carinhos e mimos, ganho mil músicas e títulos de livros e filmes perfeitos, ganho chamamentos lindos, ganho caranguejos. You give me feelings that I adore. Como é que nega isso? Como deixa de querer? E cara, eu sei, é estranho, é meio fantasioso, é irracional e ninguém entende. Eu não quero ser entedida, quem faz sentido é soldado. "If it makes you so happy, it can´t be that bad." E ele me faz tão bem, ele me faz tão bem. Há exatamente um mês. I have even got the month of may with my.. boy.

Lembrando que eu falei pra parar de brincar, senão ia se arrepender. "-You have to promese you won't fall in love with me. -That is not a problem.". Eu avisei, não sei ser café-com-leite. E aí a vida ficou perigosa. Ficou encantada. E eu /amo.

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