sábado, 23 de maio de 2009

Durma,medo meu

Fiquei agora pensando nessa ânsia que a gente de viver tudoaomesmotempoagora. Prometo, acredito mesmo nessa pegada de andar a 80 por hora. É tudo mais divertido com o vento batendo no rosto, o cabelo voando, os quebra molas fazendo o carro voar e o prazer das curvas fechadas. Sempre que alguém me pergunta, eu digo pra se jogar, de cabeça, mesmo que seja em piscina vazia: o mergulho vale o baque. E convenhamos que é melhor do que ficar na beirinha molhando a ponta do pé. Quero trampolim, montanha russa e pipoca de panela com a tampa aberta. Não suporto gente com medo de experimentar, de ousar, de querer. Tenho ódio dos meus próprios receios diante da vida. Acho que existe uma linha tênue entre cautela e covardia e é meio difícil decidir quando você está demais ou quando poderia ousar um tico mais. Se pudesse botar em prática minhas idéias loucas, tava arrumando uma mochila [gigante, lógico, que nunca soube fazer mala pequena], tirando a poeira do passaporte e preparando o estomago pra pimenta, o pé para as musicas dançantes e o coração pros dramalhões.Ou tava pelo menos dividindo quarto em republica mineira, trocando a cerveja gelada pela cachaça que esquenta o inverno de bota e anima o sertanejo. Sei lá. Não sei até onde a barreira que me impede é real ou feita de um bocado de tijolinhos de insegurança. Penso na saudade, no tempo relativamente perdido, nas questões práticas [leia-se: dinheiro], na solidão, na ousadia necessária, na falta de um porto seguro. Preciso quase de uma mão pra segurar a minha e dizer para eu ir, sem medo, porque existem pés na frente abrindo caminho. Nunca aprendi a ser sozinha. E nem sei se vou. Quando olho para os meus planos de futuro, me sinto numa bolha de plástico, como se nunca fosse realmente sair desse marasmo, desse casulo que a gente cria por proteção e comodismo. Queria quebrar a inércia que meu destino tende a seguir, experimentar coisas novas, viver com os sentidos, ter historia pra lembrar, viver tudo que tenho pra viver. E eu tenho tanto.. Só tenho que começar a sair do plano das idéias, Platão. Ensina?

Por Mary*

2 comentários:

  1. Realmente difícil ensinar...
    Mas uma coisa é certa, permitir-se. Sem pensar no que vai acontecer. Simplismente ir, fazer, falar, sentir, viver.

    Outra: você não está sozinha e, se depender de mim, nunca estará.
    Pri

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  2. Vcs conhecem o Manual do Cafajeste ? acho um site bome acompanho sempre, pressinto que ele vai logo, logo pra os sites queridinhos, até por que os cafas são uns dos maiores responsáveis por alguns medos e travas das mulheres...
    www.manualdocafajeste.com

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