quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O ciclo sem fim

de junho de 2006. e poderia ter sido escrito hoje.


Ver que tudo mudou. Tentando entender o porquê de tudo isso, por quê as coisas começam e terminam, por quê seguem sempre o mesmo caminho, por quê levam a gente ao céu para depois nos deixar despencar lá de cima. Doí.

Acho que mais inesperado foi a falta de sentimento. Nervosismo por não saber como agir diante de tanta mudança. Outra pessoa, irreconhecivel, como se um estranho estivesse à minha frente. Cena do Simba com Scar, para ver quem demonstrava mais força, quem aguentava mais. Vontade de sacudir e perguntar o que aconteceu com a gente, porque fomos parar assim, tao longe da linha de partida, tao diferente do que a gente queria. Vontade de virar de costas e ir embora sem olhar para trás ou dizer algo, porque, afinal, nao há nada para dizer. Para que falar para quem nao se importa em ouvir? Nao vale mais a pena. Apesar das lembranças a corroer a mente, percebendo que algumas decisões e fatos sao irreversiveis sim. E quem foi que disse que nao sentiu nada? Acho que, na verdade, só nao senti nada do que acava que iria sentir. Tudo mudou, tudo morreu. Indiferente. Paz.

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