quarta-feira, 10 de novembro de 2010

It's like a bad day that never ends

Eu voltei a ser o tipo de menina que chora no ônibus, sabe? Que bota o óculos escuro pra ninguém perceber. Que tampa o nariz vermelho pra ninguém ver. Que quer que o chão abra e engula tudo aquilo ali, pra não existir mais nada.

Porque, sabe, chega. Eu queria muito contar só um pedaço da minha vida pra essa galera otimista-calma-tudo-dá-certo calar um pouco a boca diante da vida.

Contar que você tá lá, há 3 dias só dormindo e vomitando, vomitando e dormindo, sem conseguir comer, sem conseguir organizar as coisas da festa que já já chega, sem conseguir estudar pra prova de quarta.

E quarta chega e você não consegue dormir porque, óbvio, o destino tem que ficar contra você. E a prova é feita e, surpresa surpresa, de mau a pior. Porque aquela nota 4 vai ficar toda pomposa perto dessa que virá. E quem disse que ia ser o último semestre de matéria? E quem quer se formar em 2011.1?

Então vem reunião da comissão, como o assunto mais empolgante dos assuntos empolgantes da terra da empolgação: festa da ovelha. Quer dizer, você achou que seria (empolgante). Porque a essa altura, você só quer ficar em casa a noite toda vendo filme e comendo besteira. Mas né. Aí é gente reclamando do dia da festa (que eles votaram há 2 semanas atrás), gente reclamando do lugar da festa (que conseguimos arrumar correndo Salvador inteira igual louca numa sexta de insolação), gente reclamando do cargo na festa (porque né, festa é pra se divertir, não pra trabalhar -mesmo que seja a festa que sua comissão está organizando), gente reclamando da reclamação, gente. Cara, é tanta decepção que não dá nem pra contar. Pessoas que você tinha como bff, guardadinho no coração, caramelos, nem aí pra nada. Nem aí pra você. E você senta numa cadeira e desiste né? Deixa rolar. Porque não tem nada mais a fazer.

Aí é sair ouvir piadinha de merda de gente idiota e é andar no sol matando e é perder o ônibus.. E aí é receber ligação do seu pai dizendo que sua atual ex-madrasta tá chamando você e suas irmãs de vagabunda/vadia/puta por email e veja bem, ele tá repassando esse email pra você. E aí você pensa: "cara, antes eu tivesse o porquê ser chamada disso tudo". Porque né?

Choro. E mais choro. E mais um pouco. De tudo. E de nada. Acabou? Acabou não.

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