terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dating


Então, tava aqui pensando. A galera dos Estados Unidos com suas manias de fazer bailes durante a escola mudam todo um conceito de vida. Porque os adolescentes já são acostumados desde cedo a sair em casal, a convidar a menina/menino pra um encontro, a buscar ela em casa, ao que dizer (e fazer) no fim da noite. A sociedade já permite que eles pensem assim.

No Brasil, você vai pra festa com amigas. No máximo, pergunta pro cara se ele vai também, torcendinho pra ele chegar em você no meio do noite. Vocês se pegam num canto qualquer e vão pra casa sozinhos. Não tem a espera pra ver se vão te chamar (e quem vai), não tem as flores na porta de casa, não tem chegar no lugar de mão dada, não tem o cavalheirismo de pagar a conta, não tem o depois no carro, não tem romantismo nenhum. É patético.

Pior é que se isso fosse uma coisa exclusiva de adolescentes, vá lá, se entende. Mas a gente cresce acostumado com isso e fica meio abobado quando quer realmente encontros e não sabe como fazer funcionar. Ou o cara não tem atitude de convidar e fica esperando uma oportunidade, um evento em comum pra te ver ou os dois não sabem direito como agir e a noite toda se torna uma completa inconveniência, com "what the hell I'm doing here?" se repetindo mil vezes na sua cabeça.

E aí a gente fica vendo esses daitings e pedidos e despedidas perfeitinhos em filmes e seriados e quer morrer com a realidade que tem. É muito decadência. É muita carência.

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