quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Goodbye Yellow Brick Road

Tentando pensar no turbilhão de coisas que aconteceram essa semana pra não ter que parar e pensar no montante de sentimentos que está na iminência de estourar aqui dentro.

Então que comecei a fazer minhas finais já chorando, porque rolou remédio de não-estouro-da-cabeça no domingo e eu fui semi sedada fazer provinha de ADM. Entreguei a prova e o professor mandando eu voltar e refazer a 1° questão, tamanha a minha capacidade de entender as perguntas. E assim continuou a semana toda. Ou pelo menos era pra.

Eu prometi e jurei que não ia sair até estar de férias (ou melhor: até as notas terem saído, todas) e que já tinha avisado aos amiguês formandos que não ia assistir nenhuma monografia pra não "perder tempo". Só que né. Coração fala mais alto e eu tinha que estar lá pra dar um abracinho de boa sorte. E dei. E valeu porque vi meu nomezinho nos agradecimentos e o coração deu um aperto.

E depois teve comemoração e depois teve outra comemoração maior e eu aí, na vida, bebendo cerveja e beijando pessoas e gritando "você não era assim, quem era você, você é um pica morta" pra quem queria ir embora. E quem tinha prova final pra fazer no dia seguinte era eu.

E fiz. E me desesperei em imenso milhares de vezes porque não conseguia assimilar mais nada que lia, não conseguia me concentrar, não conseguia nem pensar. E lembrava do mês de pesadelo que passei, indo parar em hospital de madrugada, com cabelo caindo aos tufos, com brigas históricas, com choros diários por qualquer mínima alteração. E assim já entrava na sala num gemido de morte e saia na agonia mór de saber logo a nota.

E soube. E passei. Olha, não vou dizer que foi em tudo, porque ainda falta a nota de Animais Silvestres (tamo aê na espera de um 2,7), mas visto que o próprio professor mandou eu sair pra comemorar, digo bem bastante que é com 99% de certeza que anuncio que hoje sou concluinte. Nada de provável. E não quero mais usar as iniciais PC tão cedo, porque só eu sei o quanto elas me deram medo nesse fim. Era tudo ou nada. Ou todas as matérias acima de 5 ou o abismo de enfrentar mais um semestre, morrendo na praia, deixando de lado a formatura que eu sonhei, projetei e tô realizando.

E é ela que me vem na cabeça agora. É sensação de quase fim, é a minha imagem correndo pelos corredores verdes do Mev gritando PASSEI, PASSEI, ACABOU!, é a sensação de pisar descalça na grama lá da frente pensando que hoje era um dia decisivo pra outro dia decisivo.

E será. Porque eu consegui.

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