quinta-feira, 4 de junho de 2009

Se eu tivesse uma história pra contar, um baião que te fizesse dançar..

Na minha busca por um são João perfeito, fiquei indecisa se o que eu realmente queria era gastar um dinheiro gigante [que eu nem tenho] pra alguns dias de festa regada a cerveja free, bandas de axé e forró [sim, toda festa na Bahia tem que ter um tico de axé], uma casa com chuveiro frio, chão frio e banheiro sujo, muita gente e poucos “brothers“. Aí percebi que nem tava afim dessa relação de pouco beneficio pra muito custo. Me surpreendi. Porque a única vez que não fui viajar nesse feriado, foi em quando a festa se resumia a um único fim de semana e eu tava totalmente sem saco de tanto trabalho pra pouco tempo. Fora a deprê que tava instalada e me fazia querer casa, tevê e livros.

Assim, quando decidi não viajar esse ano, fiquei invocada pra descobrir se o que me impedia de resolver tudo era alguma tristezazinha que se instala la no fundo e as vezes a gente só nota quando acontecem coisas assim. Mas vi que não.. Era só uma racionalidade exacerbada, uma previsão de que eu até iria me divertir, mas nada que valha a pena.

Não sei. Me vejo ultimamente meio contrária à festas grandes, essas que fatidicamente acabarão em pegação, bebedeira, música alta e multidão. Fora o carnaval, que me pega de jeito e me deixa encantada, prefiro, digamos, sentar num buteco com uma mesa cheia de amigos pra tomar uma [ou melhor, várias]. Me agrada mais, me traz mais risadas, me rende melhores memórias, me faz bem. Gosto é de conversar, resenhar, contar e ouvir historias, discutir coisas, falar da vida dos outros [sempre!], fazer piada. Ficar em pé, esperando por um show de 2h, na chuva, no vento, com milhares de pessoas desconhecidas e incompatíveis, me emperiquitar toda todo santo dia, dormir pouco [e mal] e ainda pagar por isso...? [Bocejo] Não, obrigada, eu passo.

Me disseram que eu to ficando velha. Mas, contrariando a normalidade, comecei a perceber que isso pode até ter um bocado de influência dos anos que se passam, mas é mais uma questão de aprender que nem sempre essas atrações de “grande putaria” me deixam animada. Alias, cada vez menos elas trazem as alegrias que traziam antes. Então, pra que insistir? Deixo para a galera de 18 anos que, confesso, era composta por mim mesma a alguns anos atrás. É quando isso tudo é novidade,essa liberdade, essa farra e essa animação de aproveitar-tudo-ao-mesmo-tempo-agora-porque-amanha-acaba. Hoje, quero tantas outras coisas, mas, ao mesmo tempo, quero menos. Só desejo meus amigos, algumas muitas cervejas e um lugar de encontro. Mais fácil ou mais complicado?


Por Mary*

Um comentário:

  1. Pouco importa o lugar...estar com amigos é sempre bom! Acho que é normal, pelo menos já passei por isso.

    Sim, é muito mais fácil estar com amigos, muitas cervejas e um lugar de encontro! e é tão bom!!!!

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