sábado, 19 de março de 2011

Eu vou me indignar. E chega.

Eu odeio finais de filmes. Porque eu já sei o que vai acontecer, porque já passou tempo a mais que minha concentração permite, porque é sempre tudo meio exagerado ou errado.

Deve ser por isso que eu tô odiando o agora. Porque já se pode ver que as coisas vão morrendo até desaparecer, porque já demorou mais do que deveria, porque tá tudo errado.

E eu vou esperando, me remexendo na cadeira, me indignando com coisas pequenas, agoniada com os últimos minutos, que não acabam. Corre o tempo, tic-tac, corre logo. Quero acelerar. Quero apertar o X. Quero que acabe o que já acabou há 2 meses atrás.


Ps: Sabe o que me irrita? Eu sabia exatamente o que ia estragar a história. Eu falei, premeditei. “Tomara que isso não seja um motivo pra tudo desandar”. Já sabendo que seria o que ia acontecer. Ou seja. É muita burrice. É muita vontade de dar chance pro azar entrar em jogo. É muito deus-dará. E se deus não dar? Como é que vai ficar, oh nêga?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar


E existe um medo gigante desse carnaval. Sempre existe, lá no fundo, De dar errado, de ser chato, de não ser tudo aquilo que se espera. Sempre é mais, bem mais. Cada ano é diferente do outro e tem uma coisinha que marca (ou várias) e faz daquele único.

Mas agora há um pânico acrescentado, um desânimo que resiste em desaparecer por completo, um receio de saber de ante-mão o que pode acontecer. E adivinha: eu vou me ver reclamar que aconteceu. Porque eu sei.

E eu fico aqui tentando botar na minha cabeça que, já que eu já sei, eu deveria estar preparada e menos preocupada. Já esperando o erro e imaginando que ele já tenha ocorrido. Pro baque não ser grande lá na hora, pra decepção não ser tanta que me faça desistir de tudo.

Mas eu não quero falar nada, nada de nada. Quero ficar aqui sentadinha na minha última noite calma antes do putetê mor da vida chegar. Porque eu passo um ano inteiro, todo ano, esperando isso. E não vou estragar por pouco.

E quem me ofende, humilhando, pisando,
Pensando que eu vou aturar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar